As servidoras e servidores da área técnica da Advocacia-Geral da União (AGU) continuam tendo como maior demanda a estruturação de seus cargos e suas carreiras. No entanto, o atual governo ainda não abriu uma mesa de negociação específica para tratar da pauta da categoria. Sem dar início a uma negociação ampla com a base, a AGU apresentou ao Ministério de Gestão e Inovação dos Serviços Públicos (MGI) uma proposta de reajuste das gratificações desses servidores e informou para a categoria que essa proposta teria sido aceita. Mas nada foi oficializado.

Até o momento, as servidoras e servidores da AGU garantiram os 9% de reajuste, concedido em 2023. Em 2024, a categoria recebeu a correção apenas dos benefícios, sendo de 52% no vale alimentação, que passou dos R$ 658,00 para R$ 1.000,00; de 51,56% no Auxílio Creche, passando dos R$ 321 para R$ 484,90; e um aumento na contrapartida do governo nos planos de saúde de R$ 144 para R$ 215. O reajuste nos salários só está sendo aguardado para 2025 (9%) e 2026 (5%). 

Enquanto isso, os membros da carreira da AGU (advogados e procuradores) garantiram um reajuste linear de 19% em seus subsídios. Aumento que será implementado entre os anos de 2025 e 2026. Com isso, os salários desses advogados e procuradores devem variar entre R$ 24.967,31, para a segunda classe, até R$ 32.439,52, para a classe especial. Em 2026, os subsídios projetados aumentam, variando entre R$ 27.264,30 e R$ 35.423,96.

“Precisamos de uma reestruturação da nossa carreira em função da diversidade e complexidade dos cargos existentes. Para isso, existe a necessidade da instalação de uma mesa setorial específica e de um processo de negociação. Importante destacarmos que essa demanda nada tem a ver com a proposta que foi aceita pelos advogados e procuradores da AGU. Só quem recebe subsídios são os membros da carreira e não as servidoras e servidores”, observou a diretora do Sindsep-PE e servidora aposentada da AGU, Elna Melo.  


  • Capa: Rafa Neddermeyer, Agência Brasil

Fonte: Sindsep-PE