Diante de uma catástrofe climática como essa que assola o Rio Grande do Sul, a atuação dos servidores públicos se faz ainda mais necessária e importante para a sociedade. Desde os primeiros dias de maio quando as chuvas alcançaram patamares extremos e as enchentes e inundações invadiram cidades inteiras, que os órgãos e empresas públicas agem incansavelmente para minimizar os danos e sofrimentos das pessoas atingidas. Há também diversas iniciativas e campanha de solidariedade para auxiliar os próprios colegas, servidores públicos que foram atingidos pelas enchentes.

Com objetivo de trazer à luz o trabalho realizado neste momento, o Sindicato dos Servidores e Empregados Púbicos Federais do RS (Sindiserf/RS) inicia uma série de reportagens sobre a força tarefa dos órgãos e empresas públicas. Muitas vezes questionado, nestes momentos de tragédia fica ainda mais evidente o papel do estado e das políticas públicas. Sem isso, o cenário seria ainda mais aterrorizante e o fato de faltaram servidores públicos ou condições materiais de atender lá na ponta quem mais precisa, como executores da política de estado, é fruto do sucateamento do Serviço Público, promovido por governo golpistas, negacionistas e entreguistas dos últimos anos.

Nesta quarta reportagem, as ações Fundação Nacional de Saúde (Funasa) no estado são o destaque. A autarquia tem como missão “promover a saúde pública e a inclusão social por meio de ações de saneamento e saúde ambiental” e desde o começo de 2023, os servidores da Fundação lutam pelo fortalecimento das superintendências em todos os estados. Ainda assim, estão desenvolvendo um trabalho fundamental neste período pós-enchente, o de garantir a qualidade da água para consumo da população.

Acesso a água potável é fundamental para as populações atingidas pelas inundações

Integrante do Comitê Operacional de Enchente (COE) para Chuvas Intensas e Inundações na Região Sul, instituído pela Portaria GM/MS nº 3.697/2024 e liderado pelo Ministério da Saúde, a Funasa irá operar laboratórios de controle da qualidade da água.

“Mesmo diante da demora da reestruturação da Funasa, nossos colegas, grandes profissionais não se furtaram e mais uma vez estão no socorro nesta tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul”, afirma a secretária de Comunicação do Sindicato e adjunta na secretaria de Política Sindical e Formação da Condsef, Rosemary Manozzo, que é servidora da Funasa.

O plano de trabalho prevê trazer quatro laboratórios e duas unidades de tratamento de água, com os técnicos para operar. “Temos especialistas em análise da água e este trabalho é muito importante para que a população possa utilizar essa água tratada com segurança”, destaca Rose.

A força tarefa da Funasa pretende sinalizar através de indicadores relacionados com os mensurados/resultados de analíticos laboratoriais, os prováveis riscos da água em pontos críticos e assegurar água para consumo humano, potável, para as populações afetadas pelas enchentes. No médio e longo prazo, será disponibilizado acervo técnico aos municípios referente ao monitoramento e controle da qualidade da água distribuída à população e proposição de soluções que garantam o abastecimento para essas populações no futuro.

Assim como ocorreu com outros órgãos, unidades da Fundação em diversos estados enviaram servidores e materiais de trabalho, inclusive viaturas, para auxiliarem na Funasa do Rio Grande do Sul.

O serviço realizado e prestado à população brasileira desde a fundação da Funasa, em 1991 é  fundamental para o desenvolvimento do país. E numa tragédia dessa proporção, essa importância fica ainda mais evidente, por isso o Sindiserf/RS reforça necessidade de reestruturação e fortalecimento da superintendência do órgão no estado.


 

Fonte: Sindiserf-RS