Condsef/Fenadsef

O diretor da Condsef/Fenadsef e da CUT Brasil, Pedro Armengol, participou essa semana de uma reunião com representantes da Sest (Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais). A secretaria é ligada ao Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) e responde pelos processos de negociação de acordos coletivos de trabalho das 17 empresas públicas que existem no Brasil. 

Como órgão centralizador da gestão das empresas públicas, a Sest muitas vezes representa um obstáculo nos processos de negociação que envolvem as direções das empresas estatais e representantes dos empregados públicos dessas empresas. No ano passado, uma série de demandas foram apresentadas à Sest. A central envolve as dificuldades de negociação que impossibilitam avanços em discussões com a direção das empresas uma vez que a Sest trava os processos. 

Uma das demandas levantadas pelas entidades sindicais busca tentar ampliar o diálogo direto com a Sest que possibilite uma negociação mais qualificada dos ACTs com as empresas públicas. 

Nesse sentido, foi apresentada pela Sest a proposta para criação de um programa de governença e modernização das empresas estatais, chamado Inova. Como pilar desse programa estaria a revisão e aprimoramento para melhoria do diálogo com entidades sindicais.

A abertura de um canal de interlocução direto entre entidades sindicais e Sest é encarado como avanço essencial pela Condsef/Fenadsef que representa trabalhadores da Ebserh, Conab, Ceasa Minas, entre outras empresas públicas como caso da Hemobrás onde trabalhadores são representados pelo Sindsep-PE, entidade filiada à Confederação. 

Em processo de negociação de ACTs com algumas dessas empresas, a Confederação seguirá atenta a esse debate. A entidade espera que a aproximação do diálogo direto com a Sest possa assegurar mais avanços e conquistas de direitos aos trabalhadores de empresas públicas no Brasil. "Mas sabemos que a mobilização e luta de toda categoria seguirá fundamental para garantir a manutenção de direitos e avanços em reivindicações", pontua Armengol.