Condsef/Fenadsef
A imagem que circulou o mundo essa semana e deve chamar atenção de toda a classe trabalhadora é a dos bilionários como Mark Zuckerberg, Jeff Bezos e Elon Musk, na posse presidencial de Donald Trump nessa segunda-feira, 20. Em tempos de fake news, inteligência artificial e disputas que mexem com a política no mundo, a presença de "barões das big techs" como são chamados os que estão a frente de empresas como Amazon, Meta, Apple e Google é um recado. Os bilionários sinalizam apoio a um governo de extrema-direita que ameaça democracias, direitos e quer transformar em mercadoria a qualquer custo tudo que é essencial à população, em qualquer lugar do mundo.
Também no dia 20 de janeiro, em Moçambique, país cujo PIB não chega perto da fortuna acumulada dos convidados de Trump, funcionários e agentes do Estado iniciaram uma paralisação de atividades por conta do não pagamento do seu 13º salário. Um direito constitucional está sendo desrespeitado pelo governo moçambicano. A Condsef/Fenadsef, que desde sua fundação, sempre teve lado - o da classe trabalhadora - divulgou uma moção de apoio a esses funcionários públicos.
Crise e ciclone
Moçambique vive uma grave crise que se aprofundou depois das eleições gerais no país, em outubro de 2024. Para agravar a situação, além das questões políticas, um ciclone tropical atingiu a província de Nampula. Segundo o último balanço das autoridades, até o momento são 11 mortos, 34 feridos e quase 20 mil casas destruídas. O ciclone afetou quase 250 mil pessoas. Este é segundo ciclone tropical em um período de pouco mais de um mês e meio que atinge o país.
A Condsef/Fenadsef é sensível à situação que vem enfrentando o povo moçambicano e acompanha com atenção os desdobramentos políticos e sociais que o país enfrenta no momento.
Confira a íntegra da moção de apoio à paralisação dos funcionários públicos de Moçambique:
A Condsef/Fenadsef se solidariza com os funcionários e agentes do Estado da República de Moçambique, que paralisaram suas atividades no último dia 20 de janeiro de 2025, por conta do não pagamento do 13º salário dos funcionários públicos daquele país, um direito constitucional desrespeitado pelo governo moçambicano.
A Condsef/Fenadsef entende que nenhum direito trabalhista, de qualquer trabalhador, sobretudo dos irmãos africanos de língua portuguesa, pode ser surrupiado por qualquer governo nacional, seja sob qualquer tipo de alegação política ou econômica.
Desde já, além de prestar solidariedade, a Condsef/Fenadsef exige que o governo da República de Moçambique realize de imediato o pagamento da remuneração do benefício constitucionalmente legítimo daqueles funcionários públicos, afinal, são professores(as), enfermeiros (as), dentre outros profissionais do estado moçambicano que resolveram lutar pelo simples cumprimento da lei.
NENHUM DIREITO A MENOS!
Direção Condsef/Fenadsef
- Capa: Trabalhadores da saúde protestam em Moçambique (Divulgação/Rede Social X)