
Condsef/Fenadsef
Nesta quarta-feira (1º), o Auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, em Brasília, foi palco de mais uma importante mobilização contra a Reforma Administrativa. Convocado pelas deputadas professora Luciene Cavalcante (Psol-SP) e Ana Pimentel (PT-MG), ambas também servidoras públicas, e apoiado pela Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público, o ato reuniu parlamentares, lideranças sindicais e representantes da sociedade civil em um movimento de resistência ao projeto, considerado uma ameaça direta ao funcionalismo público no país.
A atividade teve início às 13h, com transmissão ao vivo. Durante o evento, parlamentares alertaram para a difícil correlação de forças no Congresso Nacional e reforçaram a necessidade de ampliar a mobilização popular para barrar o avanço da proposta.
Enquanto isso, o plenário da Câmara tem como única pauta do dia a discussão do projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil a partir de 2026 — tema de grande impacto social, mas que divide atenções com outros projetos estruturais, como a própria Reforma Administrativa.
Diversos retrocessos são apontados no debate que envolve a Reforma Administrativa, incluindo o fim da estabilidade para servidores, o esvaziamento dos concursos públicos, riscos de apadrinhamento político, limitação do direito de greve e o aumento da contratação por tempo determinado — o que enfraquece o caráter técnico e permanente do serviço público.
A Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público tem sido um importante polo resistência à proposta desde o início das discussões. Para os parlamentares presentes no ato, a mobilização da sociedade civil, em articulação com as entidades e os mandatos comprometidos com os direitos sociais, será essencial para impedir o avanço de uma reforma que pode comprometer a qualidade dos serviços prestados à população.