Confederação representa 80% dos servidores do Executivo. Atividade será online e link do Zoom será enviado às entidades filiadas. Base vai debater e apontar calendário na luta por orçamento justo. No sábado, 16, Fonasefe também realiza plenária

 Servidores do Executivo Federal estão construindo uma agenda de mobilizações em torno da luta por orçamento justo para 2024. Na terça-feira, 12, a partir das 9 horas, a Condsef/Fenadsef, que representa 80% da categoria, realiza uma plenária nacional, segunda maior instância de deliberações da entidade. A plenária será virtual e o link do Zoom enviado às entidades filiadas. Na oportunidade, a categoria vai debater e definir um calendário de ações para reforçar a luta por aporte orçamentário justo capaz de atender demandas urgentes apresentadas ao governo.

No sábado, 16, o Fonasefe, do qual a Condsef/Fenadsef faz parte, também realiza plenária para reforçar unidade nas ações por orçamento justo. A atividade convocada pelo Fonasefe será híbrida, com local e horário a serem confirmados.Na última reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP), o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) informou que o governo tem apenas R$1,5 bilhão no orçamento da União em 2024 para todas as demandas do funcionalismo, incluindo aumento salarial, benefícios, reestruturação de carreiras. No universo de 1,2 milhão de servidores, entre ativos, aposentados e pensionistas, com esse aporte apresentado pelo governo uma proposta de recomposição não chegaria nem a 1%.

Em nota unificada à imprensa, a bancada sindical, representada pelas Centrais, Fonasefe e Fonacate, manifestou indignação com falta de proposta de reajuste do governo. A bancada ressalta que o valor de R$1,5bi é considerado insuficiente para suprir a demanda de recomposição salarial necessária para cobrir as perdas inflacionárias enfrentadas pelo funcionalismo público. Além disso, gera preocupação a falta de prioridade dada também às pautas não remuneratórias. "Se preciso for, iremos construir a greve geral do funcionalismo público federal e resgatar a dignidade", destaca o documento. Acesse a íntegra aqui.

Luta para derrotar de vez a reforma Administrativa

No calendário de mobilização, os servidores também devem discutir o reforço na luta para derrotar de vez a PEC 32/20, da reforma Administrativa de Bolsonaro-Guedes. O tema voltou aos holofotes com o aumento da pressão e declarações feitas pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, para que a proposta seja levada à votação do Congresso Nacional. Um dos compromissos de campanha assumidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi justamente de seu governo ser contra a PEC 32/20 que representa um verdadeiro ataque aos serviços públicos brasileiros. A busca pela retirada da PEC 32/20 da pauta de votação está, inclusive, entre os compromissos assumidos com os servidores federais e está formalizada em cláusula.

Se para os servidores a PEC 32 é uma tragédia, para a população é muito pior. Na prática, a proposta acaba com concursos públicos e substitui servidores que ingressam pela porta da frente por contratos temporários de até 10 anos, facilitando a entrada de apadrinhados nos municípios, estados e na União, piorando a qualidade dos serviços públicos e multiplicando cabides de emprego para cabos eleitorais.

Essa proposta sequer representa economia para a União como querem fazer acreditar seus defensores que olham para interesses de empresas privadas que passariam a lucrar com a ausência do Estado na prestação de serviços essenciais à população.Representantes do governo reforçaram a posição contrária à PEC 32/20. Em declarações, os ministros Fernando Haddad, Alexandre Padilha e a ministra Esther Dweck engrossaram o coro das críticas à reforma Administrativa.

Em suas redes sociais, a presidenta nacional do PT e deputada federal Gleisi Hoffmann (PR) também enviou um recado direto a Lira e ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. "Agora não é hora de reforma administrativa e sim de taxar os super ricos”, disse.A luta para derrotar de vez essa contrarreforma Administrativa é fundamental para a defesa dos serviços públicos, indispensável à recuperação e expansão dos programas sociais e ao desenvolvimento do povo e da nação brasileira.


 Fonte: Condsef/Fenadsef

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