Sem conseguir firmar acordo no Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e com negociações travadas pela pasta, servidores da Área Ambiental decidiram em assembleias iniciar uma greve por tempo indeterminado. Desde o dia 24 de junho, servidores do AC, PA, PB e RN já haviam iniciado o movimento. A partir dessa segunda, 1º, outros 19 estados (AL, AP, BA, CE, ES, GO, MA, MG, MS, MT, PI, PR, RJ, RO, RR, RS, SC, SP, TO) e o DF aderiram à paralisação de atividades. No total, a greve já alcança 23 estados e o DF.
Na quarta, 3, servidores do Amazonas vão deliberar em assembleia adesão à greve. Servidores de Pernambuco aprovaram continuar em 'operação padrão' e realizam uma nova assembleia na sexta, 5. Ainda não foi informada a decisão dos servidores em Sergipe.
Os servidores lutam pela retomada da mesa específica de negociação depois que o MGI fechou novas possibilidades da apresentação de contraproposta. A categoria cuida de 336 unidades de conservação, ou seja, de mais de 1,7 milhões de quilômetros quadrados de áreas protegidas, patrimônio do povo brasileiro.
Também são os responsáveis pelo monitoramento da biodiversidade, pela elaboração e coordenação de políticas públicas e pesquisas ambientais, subsidiando ações como licenciamento e criação de áreas protegidas federais, entre outras ações.
Um dos eixos centrais que os servidores da Área Ambiental reivindicam é a equiparação salarial com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).
A categoria segue lutando para que haja efetiva reestruturação e valorização da carreira ambiental. Os comandos de greve de cada estado devem se reunir de forma permanente para avaliar o movimento.
A paralisação não deve afetar setores estratégicos, a exemplo do combate ao fogo que seguirá com 100% de atividades mantidas. Hoje, o pantanal vive, por exemplo, situação que pode se agravar com a seca. Além de incêndios florestais, outros setores vão seguir regime especial durante a greve: fiscalização, licenciamento, unidades de conservação, fauna, flora e emergências.
Fonte: Condsef/Fenadsef