Integrante do Partido Liberal (PL), Francisco Wanderley Luiz, conhecido nas redes como "Tiu França", mostrou na noite dessa quarta-feira, 13, que a extrema direita continua ameaçando o Brasil com violência terrorista, ataques à democracia.
Do mesmo partido do inelegível, Jair Bolsonaro, França deixava claro em suas redes sociais a participação direta nos atentados golpistas protagonizados logo após o resultado das eleições presidenciais de 2022. Morto no próprio ataque terrorista que orquestrou, o extremista mostrou, sem deixar margem para dúvidas, que é preciso avançar na punição exemplar dos envolvidos, inclusive e, em particular, dos generais golpistas.
Em todos esses momentos, e também agora, a Condsef/Fenadsef vem a público manifestar repúdio e defender que não seja concedida anistia aos criminosos golpistas.
Esperar mais o quê?
Em nota divulgada no 8 de janeiro, a Confederação deixou clara a preocupação e indignação com a postura das autoridades em permitir o avanço de ações extremistas. Logo após ataques em que golpistas levaram caos ao centro de Brasília, em 12 de dezembro de 2022, a Condsef/Fenadsef questionou: "Depois de ontem esperar mais o quê?".
"Os vândalos de 12 de dezembro não foram presos. O acampamento permaneceu. Em 24 de dezembro um terrorista tentou explodir uma bomba perto do Aeroporto de Brasília. Bolsonaro e os generais bolsonaristas continuaram não reconhecendo o resultado das eleições. A conivência das forças de segurança alimentou o golpismo que se sentiu à vontade para convocar, abertamente, o "golpe" para 7, 8 e 9 de janeiro", seguiu relatando a nota.
Mais uma vez, o ataque ao STF mostra a ousadia dos golpistas. Esses são indícios claros de que a extrema direita segue querendo impor um regime autoritário no Brasil. Não vamos permitir.
Como nos momentos anteriores e, ao longo de sua história, a Condsef/Fenadsef está pronta a apoiar e participar de todas as manifestações e mobilizações em defesa das liberdades democráticas e volta a questionar: até quando os golpistas continuarão se sentindo livres, sem serem punidos pelas graves consequências de seus atos?
A investigação da Polícia Federal (PF) já constatou diversas reuniões de pessoas ligadas a Bolsonaro com o objetivo de promover um golpe no Brasil. O já famoso "Gabinete do Ódio" tratava de espalhar mentiras, questionando resultados eleitorais legítimos, e mensagens violentas contra a democracia e ataques vis a opositores de Bolsonaro nas redes sociais. Uma minuta do golpe chegou a ser escrita. Um grupo monitorou deslocamentos de Lula e Ministros do STF. É preciso agir e punir os implicados nesses episódios.
Nem louco, nem lobo solitário
Nas notícias sobre o caso, a imprensa tenta emplacar a narrativa de que "Tiu França" agiu como "lobo solitário" e poderia enfrentar problemas mentais. O próprio Bolsonaro chegou a chamar seu seguidor de "maluco". É totalmente falso. Trata-se de uma ação emulada pela pregação fascista do próprio Bolsonaro e seus asseclas e que tem suas origens no "lawfare" promovido pela operação lavajato, do ex-juiz parcial e incompetente Sergio Moro, que ajudou a criar as condições para o golpe contra Dilma, a condenação sem provas de Lula e tudo o que veio depois.
E tudo o que veio depois foi para beneficiar o capital financeiro e destruir direitos trabalhistas, atacar os servidores e desmontar o serviço público. Por isso a luta pela punição dos golpistas é de todo trabalhador e de todo servidor pois trata-se de defender nossos direitos e nosso futuro, inclusive nosso direito à aposentadoria, que é permanentemente ameaçado.
França não era louco, nem lobo solitário. Ele era um militante radicalizado pelo bolsonarismo que o transformou em terrorista filiado ao partido do inelegível, que se mudou da sua cidade natal para Brasília, montou bombas e as explodiu.
Mais do que nunca, é preciso cobrar punição aos mandantes do 8 de janeiro!
SEM ANISTIA PARA GOLPISTAS!
Direção Condsef/Fenadsef
- Capa: STF
Fonte: Condsef/Fenadsef