A terceira rodada de negociações da Mesa Nacional de Negociação Permanente acontecerá na próxima sexta-feira (10), às 14h30, no Bloco F da Esplanada dos Ministérios. A expectativa é a de que o governo apresente uma nova proposta de reposição salarial para os servidores federais. Essa reunião aconteceria na última terça-feira (07), mas foi adiada para que o governo tivesse tempo hábil para fechar os cálculos da nova proposta.

Durante o encontro da sexta, o Fonasefe irá promover uma vigília no Bloco F, para pressionar o governo.

No primeiro encontro da Mesa de Negociação (foto), antes do Carnaval, o governo fez a proposta de um reajuste de 7,8%, além de um aumento de 43,6% no auxílio-alimentação, que faria o valor passar dos atuais R$458 para R$658. Na última reunião com o Ministério de Gestão e Inovação no Serviço Público (MGI), o secretário de Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho, Sérgio Mendonça, confirmou que o percentual de reajuste que for apresentado será aplicado na remuneração total da categoria.

Mas os servidores federais, que estão há sete anos sem nem a reposição inflacionária em seus salários, acreditam que o governo Lula pode conceder um percentual de reajuste maior.

“A união dos servidores e servidoras, a força da mobilização e a pressão são fundamentais nesse momento. Precisamos caminhar juntos para negociar e obtermos o percentual mais justo, levando em consideração os sete anos sem reposição inflacionária e a situação em que o atual governo herdou o Brasil”, comentou o coordenador-geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira.

Os funcionários públicos também querem que o governo reveja o percentual da contrapartida paga pela categoria nos planos de saúde. Hoje, o servidor arca com um percentual que varia entre 70% a 90% do valor total dos planos. Só neste ano, a Geap, plano de autogestão que atende a maioria dos servidores e seus familiares, anunciou aumento de 9% nas mensalidades.

Outra importante demanda dos servidores é a adoção plena e definitiva, por meio de lei, da Convenção nº 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que prevê a negociação coletiva, direito de greve e organização sindical no serviço público.




 

Fonte: Sindsep-PE