Após quatro anos de supressão das políticas de combate à violência contra as mulheres, diariamente vimos explodir exemplos de violação de direitos, bem como incitações machistas e misóginas. Chegamos a um 8 de Março com a possibilidade de novas perspectivas, entretanto, estamos um pouco atrasados em relação aos debates necessários. Ainda discutimos temas como o alto e intolerável número de feminicídio, diferença salarial entre homens e mulheres, especialmente mulheres negras e periféricas, o machismo, entre outras questões que fazem parte da histórica e heroica luta de muitas mulheres. Deveríamos estar debatendo pautas progressistas, mas antes disso, precisamos recuperar os avanços suprimidos pelo ex-governo.
A gestão Bolsonaro-Damares deixou de investir em políticas públicas para mulheres, escolhendo não usar verbas destinadas para o tema, o que teve reflexos no orçamento destinado ao combate à violência contra a mulher. A violência contra as mulheres ainda é uma realidade no Brasil, incluindo agressões verbais e sexuais, perseguição, ameaças, espancamento, tentativa de estrangulamento, lesão e feminicídio. Para proteger as mulheres, é necessário combater o machismo e a misoginia. Infelizmente, no Brasil, a diferença salarial entre homens e mulheres voltou a subir, atingindo 22% no final de 2022.
Nesse conturbado contexto, é importante lembrar e homenagear todas as mulheres que lutaram e ainda lutam pelos seus direitos e pela igualdade de gênero. Mulheres que enfrentaram e enfrentam diariamente o machismo, o racismo e outras formas de discriminação. Mulheres que foram e são exemplos de coragem e determinação, e que nos inspiram a continuar lutando por um mundo mais justo e igualitário. Hoje, é um dia para celebrar e reconhecer essas mulheres e todas as suas conquistas, bem como para honrar aquelas que nos deixaram um legado valioso na luta pelos direitos das mulheres.
Ao longo da história, muitas mulheres deixaram sua marca na luta pela igualdade de gênero. Das sufragistas que lutaram pelo direito ao voto às ativistas que lutaram pelos direitos civis, essas mulheres corajosas enfrentaram a adversidade e a opressão, e abriram caminho para as gerações futuras de mulheres.
Hoje, celebramos todas as mulheres que continuam a lutar pela igualdade de gênero, seja nas ruas, nas redes sociais, nas instituições governamentais, nas empresas, ou em suas próprias comunidades. São mulheres que se levantam contra a discriminação, exigindo mudanças significativas na sociedade.
É importante lembrar que a luta pela igualdade de gênero é uma luta de todas e todos nós, e que juntos podemos fazer a diferença e transformar o mundo em um lugar melhor para todas as mulheres.
Com muito orgulho, o Sintrafesc presta sua homenagem a todas as mulheres que, diariamente, enfrentam as dificuldades impostas pela vida com coragem, perseverança e apesar das adversidades e dos desafios, encontram tempo para amar de forma incondicional.
Que essa homenagem seja um pequeno gesto de reconhecimento pelo trabalho árduo e pela dedicação incansável de todas as mulheres, que lutam diariamente por um mundo melhor. O Sintrafesc se orgulha de fazer parte desta luta e reafirma seu compromisso com a promoção da igualdade de gênero e com a defesa dos direitos das mulheres.
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8 de Março: a luta das mulheres por igualdade em um contexto de retrocessos políticos e sociais
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