Enquanto servidores buscam diálogo com o MGI, Arthur Lira (PP-AL) pressiona o Governo com medidas que prejudicam os servidores

 Diante dos constantes indícios contra Bolsonaro, houve defesas sugerindo que se deveria "cuidar melhor de seus ex-presidentes". No entanto, Lira não demonstrou a mesma empatia ao comentar sobre a declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, divulgada em 14 de junho. Haddad mencionou: "A Câmara está com um poder muito grande e não pode usar esse poder para humilhar o Senado e o Executivo..." em entrevista a Reinaldo Azevedo.Uma das controvérsias entre Lira e Haddad envolve a possível taxação de ativos que os super-ricos mantêm em paraísos fiscais, utilizando o sistema "offshore". Esta taxação, proposta na MP do Salário Mínimo, visa gerar mais recursos para políticas públicas e serviços ao cidadão. No entanto, Lira se posicionou contra.O Presidente da Câmara é protagonista em diversas investidas contra os servidores e os serviços públicos. Lira insiste em pautar a impopular Reforma Administrativa, PEC 32, que afeta negativamente a prestação dos serviços públicos e afronta os direitos e garantias das servidoras e servidores públicos.
Em entrevista ao JOTA nesta terça-feira (15), a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, defendeu a proposta de um pacote alternativo à PEC 32. A ministra sugeriu um conjunto de propostas legislativas mais pontuais, sem mudar a Constituição e buscando preservar os direitos dos servidores, se opondo a Arthur Lira.
Outro tema que impacta a possibilidade de aumento salarial dos servidores é o Arcabouço Fiscal. A complexidade do assunto frente à desafiadora herança fiscal aumenta a pressão sobre os servidores. O arcabouço define normas para controle das contas públicas e limites para gastos do governo. Sindicatos de servidores defendem um teto de gastos mais flexível, que permita reajustes para recuperar o poder de compra dos salários e recompor investimentos em serviços públicos.
Estamos vivendo em um momento em que o Governo não nos trata como inimigos, busca diálogo. No entanto não podemos nos acomodar! A abertura ao debate, é essencial exercer pressão contra as ações de Lira e do Centrão que vão contra os interesses da população e dos servidores.