Os trabalhadores e trabalhadoras da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) em Santa Catarina recusaram a proposta final da direção da empresa. A proposta, mediada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), foi aprovada pela maioria nos outros estados, mas não foi considerada suficiente pelos trabalhadores catarinenses, que seguirão firmes na luta por condições mais justas de trabalho.

Em 19 estados e no Distrito Federal, entidades filiadas à Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef/Fenadsef) consultaram a categoria sobre a proposta final da Ebserh. Em 12 estados (AP, ES, MA, MG, MT, PE, PI, PR, RJ, RS, SP, TO) e no DF, os trabalhadores aprovaram o fim da greve e a assinatura do ACT 2024/2025. Em seis estados (SC, BA, CE, GO, PA e SE), a proposta foi rejeitada. Em Santa Catarina os trabalhadores e trabalhadoras do Hospital Universitário, o primeiro estado a entrar em estado de Greve, a rejeição por ampla maioria demonstrou a enorme insatisfação da categoria.

Com a decisão da maioria, a Condsef/Fenadsef foi ao TST às 16h do dia 9 de maio para a formalização do acordo. Os principais pontos da proposta final incluem:

Reajuste Salarial:

3,09% (80% do INPC) para o ACT 2024/2025, retroativo a 1º de março
100% do INPC para o ACT 2025/2026

Auxílio-Alimentação:

R$800 em 2024 (retroativo a 1º de março)
R$1.000 a partir de março de 2025

Auxílio-Creche:

Ampliar valor de R$213,96 para R$484,90 (retroativo a 1º de março)

Auxílio-Saúde:

Aumento equivalente ao INPC saúde, passando de R$180,68 para R$190,65 (retroativo a 1º de março)

Manutenção das Cláusulas Sociais:

Cláusulas sociais já negociadas e apresentadas pela empresa no último ofício SEI nº 101/2024/PRES-EBSERH

Dias Parados:

Abono dos dias parados com reposição de 50% das horas


A assessoria jurídica da Condsef/Fenadsef acompanhou todo o processo e esteve presente na sessão do TST, fornecendo suporte à categoria.

O secretário-geral da Condsef/Fenadsef, Sérgio Ronaldo da Silva, destacou a importância da mobilização contínua: "Todos os avanços, mesmo que insuficientes, só foram possíveis com a luta de todos os empregados e empregadas envolvidos na mobilização e unidade desse processo. Ainda precisamos lutar e avançar mais na conquista de direitos e valorização dos empregados e empregadas da Ebserh, e a empresa deve saber que não vamos parar de lutar e cobrar por essas melhorias."