No primeiro ano em que o dia 19 de abril deixa de se chamar dia do índio para se chamar Dia dos Povos Indígenas, as servidoras e os servidores da Funai - cuja missão institucional é de promover e proteger os direitos Indígenas - realizam um ato nacional exigindo a aprovação do Plano de Carreira Indigenista no ano em que a Fundação completará 56 anos de existência sem ainda ter proporcionado valorização mínima aos seus trabalhadoras e trabalhadores.Além da vergonha de não ter um Plano de Carreira depois de tanto tempo de existência, a realidade de agonia à qual seus quadros humanos estão submetidos torna a aprovação do Plano de Carreira uma condição essencial para a própria continuidade de existência do órgãoSobrecarregados, responsáveis pela gestão compartilhada com os povos Indígenas, habitantes das Terras Indígenas que somam mais de 13% do território nacional, vivem uma realidade na qual 50% dos cargos estão vagos e 30% dos preenchidos estão ocupados por pessoas em vias de se aposentar.Nesse contexto, a valorização da Carreira Indigenista com a aprovação de um Plano passa a ser condição mínima necessária para que a Funai não feche as portas.Depois de elaborado em 2018 em Grupo de Trabalho de técnicos da Funai, engavetado pelas gestões Temer e Bolsonaro, o Plano de Carreira voltou a tramitar após instauração de negociações com o Ministério da Justiça por pressão dos servidores na greve de 2022 que foi desencadeada pelo assassinato do colega Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips.Após aprovação da presidência da Funai e do novo Ministério dos Povos Indígenas, já em 2023, o Plano está parado no Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos desde fevereiro.Os atos de hoje ocorreram em Brasília, em frente ao Palácio do Planalto para solicitar a aprovação do Plano de Carreira diretamente ao presidente Lula, e em todos os estados do país nas unidades descentralização da Funai, tal qual a manifestação apoiada pelo Sintrafesc em Santa Catarina, na Coordenação Regional do Litoral Sul, em São José/SC.