Hoje, dia 5 de junho, no Dia Mundial do Meio Ambiente, também faz um ano do crime brutal do servidor da Funai, Bruno Pereira, e do jornalista inglês Dom Phillips. A luta dos dois deve ser lembrada e honrada especialmente no contexto atual dos desafios enfrentados nas causas indígenas ambientais. A morte trágica da dupla, que continua sob investigação, lança luz sobre a vulnerabilidade dos povos indígenas e dos defensores ambientais.O crime gerou pedidos de uma investigação mais ampla e aprofundada, com a comunidade indígena, servidores e sociedade civil, exigindo justiça e proteção mais eficazes para os povos originários e para aqueles que trabalham incansavelmente para proteger seus direitos. O assassinato de Bruno e Dom não foi apenas um ato violento, mas também um sintoma de uma questão mais profunda - a negligência contínua dos direitos e proteções dos povos indígenas.A Funai, com sua missão de proteger e promover os direitos dos povos indígenas, desempenha um papel fundamental na preservação do meio ambiente e da biodiversidade brasileira. Ainda assim, os servidores da Funai enfrentam desafios significativos. Eles muitas vezes operam em áreas de baixo desenvolvimento humano, lidando com condições adversas e sem medidas compensatórias adequadas. Além disso, a falta de um plano de carreira regulamentado para esses profissionais tem sido um obstáculo para muitos servidores, que por vezes abandonam seus cargos em busca de oportunidades mais seguras e atraentes.A falta de um plano de carreira não é apenas uma questão de remuneração adequada. É também uma questão de reconhecimento e valorização dos servidores públicos que dedicam suas vidas à proteção de nossos recursos naturais e dos povos indígenas. Neste Dia do Meio Ambiente, é crucial que reiteremos nosso compromisso com esses servidores, reivindicando a implementação de um plano de carreira justo.Em meio a esses desafios, no entanto, os servidores públicos federais continuam firmes em suas missões. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, anuncia no Dia do Meio Ambiente a implementação de novas ações para proteger o ecossistema brasileiro. Essas iniciativas são um testemunho da resiliência e da dedicação dos servidores públicos federais na defesa do meio ambiente.Além disso, com a retomada do julgamento do marco temporal no Supremo Tribunal Federal (STF), os indígenas e seus aliados, incluindo os servidores públicos federais, continuam se mobilizando. A proposição do marco temporal pode limitar drasticamente os direitos territoriais indígenas, pois só reconheceria as terras ocupadas pelos indígenas na data de promulgação da Constituição em 1988. Portanto, essa mobilização é um sinal vital da resistência contínua contra a erosão dos direitos indígenas.Entretanto, é crucial lembrar que a responsabilidade de proteger o meio ambiente e os direitos indígenas não recai apenas sobre os ombros dos servidores públicos - é uma responsabilidade compartilhada por todos nós. Devemos nos unir em solidariedade, apoiar as ações dos servidores públicos federais e aumentar a conscientização sobre essas questões críticas.No final das contas, a luta pela justiça ambiental e pelos direitos dos povos originários é uma luta por um Brasil mais justo, equitativo e sustentável. E, enquanto continuamos a enfrentar esses desafios, a importância do papel dos servidores públicos federais continua sendo imprescindível.A história de Bruno e Dom, portanto, não deve ser esquecida. Deve servir como um chamado à ação. Devemos lembrar que a preservação do meio ambiente e a proteção dos direitos indígenas não são apenas uma questão política nacional, são questões humanitárias mundial, e todos nós temos um papel a desempenhar.Na luta por direitos, justiça e sustentabilidade, os servidores públicos federais estão sempre na vanguarda.