A exemplo dos demais estados brasileiros, nos últimos anos, houve um aumento de casos de trabalho análogo à escravidão em Santa Catarina. Segundo avaliação do Ministério Público do Trabalho (MPT) e do coordenador regional da Coordenadoria Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo (Conaete), Acir Hack.

Em reportagem cedida para Mariana Passuello, do NSC, Acir aponta que isso ocorreu devido à reforma trabalhista e à falta de fiscalização preventiva, o que estimula a contratação de pessoas em situações que comprometem a dignidade e os direitos dos trabalhadores. A ausência de mão de obra na Auditoria Fiscal do Trabalho (AFT), órgão responsável por vistoriar os locais e identificar as situações de escravidão contemporânea, também é um problema.

Atualmente, as situações de trabalho escravo contemporâneo acontecem em atividades econômicas que possuem necessidade de mão de obra sazonal, principalmente no Oeste, Vale do Itajaí e Serra. Os casos mais recorrentes com resgate de trabalhadores vítimas da escravidão acontecem na agricultura, nos cultivos da cebola e maçã, sendo que as duas produções no Estado são as maiores do país e dependem da contratação de trabalhadores em um curto período de tempo para a colheita.

A terceirização de serviços em todas as atividades econômicas foi regularizada a partir da aprovação da reforma trabalhista de 2017, emplacada durante o governo Temer, o que contribuiu para a contratação de pessoas em situações recorrentes que comprometem a dignidade e os direitos dos trabalhadores.

A falta de fiscalização preventiva, praticamente erradicada pela gestão de Bolsonaro, implica na disseminação e continuidade dos casos de trabalho escravo. Os casos mais recorrentes com resgate de trabalhadores vítimas da escravidão acontecem na agricultura, nos cultivos da cebola e maçã, principalmente no Oeste, Vale do Itajaí e Serra.

Leia AQUI a matéria da NSC